quinta-feira, 19 de maio de 2011

As férias da senhora Merkel

É mais uma prova de que o pequeno burgo é tudo menos um país soberano e dono do seu nariz.

Desta feita, veio a chanceler alemã, Angela Merkel, declarar que alguns países europeus, entre os quais Portugal, têm, quando comparados com a Alemanha, mais dias de férias e que se impõe uma uniformização entre os estados europeus, exigindo, para o efeito, a redução das férias e o aumento da idade da reforma em Portugal.

As críticas, extensíveis à vizinha Espanha e à Grécia, levam a senhora a falar de esforço por parte das populaças dos países visados, uma vez que, segundo ela, esta coisa de ter a mesma moeda e uns terem mais dias de férias do que os outros não está a dar com nada.

Ora a senhora Merkel devia era olhar para o quanto o alemão da classe média ganha, quando comparado com o tuga, o grego ou mesmo o espanhol, para perceber que essa tanga da moeda única é uma história da carochinha e que qualquer cidadão cá do burgo preferiria ter um ordenado 4 ou 5 vezes mais alto do que aufere e ter menos dois dias de férias por ano.

Aliás, segundo dizem, essa coisa dos vinte dias na Alemanha também tem muito que se lhe diga, já que parece que não é bem assim e que muita da populaça consegue chegar aos trinta dias úteis de férias, graças a acordos colectivos conseguidos em inúmeras empresas publicas e privadas.

A populaça espera, da parte dos nossos (des)governantes, um murro na mesa – que pode muito bem ser seguido de vários outros na cabeça da senhora Merkel – e que mandem a visada meter o bedelho lá no país dela em vez de andar preocupada em como fecundar os menos afortunados!

O problema é que os nossos (des)governantes não têm os tomates no sitio para o fazer.

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