O Tribunal de Contas promoveu uma auditoria a cerca de 50 empresas públicas e deu de caras com situações de incumprimento das regras de gestão financeira suficientes para levar à demissão de gestores de empresas como a CP, Metro de Lisboa e Refer.
Parece que este novo imbróglio passa por investimentos das empresas citadas que foram parar a instituições financeiras fora do Tesouro, quando a lei estipula que tudo o que é investimento financeiro do sector empresarial do Estado deve estar no Tesouro.
Acontece que estes investimentos geraram retorno financeiro e as empresas, ao contrário do que está legislado, não entregaram os lucros ao Estado.
Assim sendo, o Tribunal de Contas já considerou que estas situações de incumprimento são relevantes, uma vez que resultam da falta de execução de diversas condutas operacionais que são legalmente exigidas, e lembrou – para os eventuais interessados entre os quais deverá estar, digo eu, o executivo do Sr. Sócrates – que este tipo de incumprimento é uma situação susceptível de demissão dos gestores públicos.
Claro que nada disso vai acontecer e o governo já excluiu a hipótese de pôr a andar dali para fora os senhores gestores, limitando-se a dizer que está a implementar as recomendações do Tribunal de Contas e a dar a volta ao texto de modo que as empresas devolvam ao estado os cerca de três milhões de euros obtidos com aplicações financeiras fora do Tesouro.
Em que é que isto contribui para a minha felicidade ou para a felicidade da populaça?
Não contribui em absolutamente nada porque os milhões de euros não vieram parar ao meu bolso, mas convém lembrar que estamos a falar de empresas públicas e, como tal, que os meus impostos contribuem, pelo menos em alguma coisinha, para que se possam praticar estas falcatruas…
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