A novela dos malfadados blindados para a PSP, os tais que deveriam ter chegado a tempo da Cimeira da NATO e que, pelos vistos, ainda não chegaram a terras lusas, continua animada.
Por um lado, o CDS considera que o executivo do Sr. Sócrates deve uma explicação à populaça e às forças de segurança.
Pela palavra do eurodeputado Nuno Magalhães , o CDS considera que o governo é o grande responsável pela grandiosa bosta produzida, fruto da incompetência e da forma atabalhoada como o processo foi conduzido, e que as forças de segurança, porque não receberam o material tão desejado para fazer frente aos assaltos do quotidiano, bem como a populaça em geral, porque se vê privada de melhores condições de segurança que lhe seriam – dizem eles – proporcionadas pelos agentes da autoridade, são as duas vítimas do imbróglio.
Por outro lado, vem de lá a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia defender a demissão do ministro da Administração Interna, considerado o tal responsável incompetente no negócio da compra das seis viaturas destinadas, primeiramente, a defender as altas individualidades que se deslocaram a Lisboa no passado mês.
Dizem estes senhores que o carola do Ministério da Administração Interna sabia, desde o início do ano quais seriam as necessidades das forças policiais para a organização da segurança da cimeira e que a sua aquisição foi formalizada muito em cima do acontecimento.
Por outro lado ainda, aparece, agora, uma empresa de segurança privada que diz que quer comprar os blindados da PSP depois das autoridades competentes denunciarem o contrato após expirar o prazo de entrega.
Os responsáveis da empresa dizem que os blindados serão, posteriormente, reencaminhados para um país africano mas há quem diga que este tipo de viatura seria mais útil em determinadas zonas do país para evitar assaltos a carrinhas de transporte de valores, arrombamentos de caixas Multibanco com escavadoras e situações semelhantes.
Seja como for, o executivo do Sr. Sócrates ainda é capaz de vir a arranjar maneira de se livrar da porcaria que fez, recuperar os euros quase perdidos e dar a volta ao texto de modo a sair sorridente na fotografia.
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