Ao que dizem, vive, em terras vizinhas cá do burgo, um extremoso paizinho muçulmano que ficou deveras sentido quando soube que, na escola pública espanhola frequentada pelo seu querido filho, o professor decidiu mencionar o presunto – sim, o presunto, o acepipe tão utilizado nas tapas – para melhor poder explicar a matéria leccionada.
Confrontado com semelhante heresia, o paizinho dirigiu-se à esquadra mais próxima e apresentou queixa contra o professor, o tal professor que não sabe que nas escolas públicas espanholas não se pode falar de nacos de porco fumado na presença de alunos muçulmanos.
A verdadeira anormalidade toma proporções ainda mais insólitas quando a bófia, em vez de mandar o paizinho para um daqueles sítios tão propícios para este tipo de ocasião, aceitou a queixa e ainda deslocou ao estabelecimento de ensino – repito, escola oficial – para fecundar o juízo ao inculto, e prevaricador, professor.
Resta saber qual a punição a aplicar ao docente por tamanha blasfémia, se cinquenta chibatadas no toutiço, morte por enforcamento, por apedrejamento ou por ingestão de cinquenta pernas, seguidas, de presunto Pata Negra.
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