Podem vir com a desculpa de que é um evento internacional e que dá muita visibilidade e notoriedade ao pequeno burgo, mas não estou de acordo com esta bosta de gastar não sei quantos milhões de euros só com a segurança à volta da cimeira da Nato.
Portugal está a passar por dificuldades financeiras extremas, com reflexos directos nas parcas economias dos comuns cidadãos, e não é altura de nos armarmos ao pingarelho com a organização de eventos desta envergadura que sugam mais uns milhões do erário público, vulgo dos impostos que todos pagamos e de que tantas e melhores aplicações são potencialmente merecedores.
Tomando como exemplo a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, ou o berço da União Europeia, em Bruxelas – edifícios com apertadas medidas de segurança diárias pela quantidade de individualidades que por eles passam -, percebe-se que esta coisa de fechar meia capital cá do burgo não passa duma mera fantochada, única e exclusivamente para ficarmos bem na fotografia.
Uma fantochada exagerada, já que, a juntar às – essas, sim – naturais medidas de segurança à volta do perímetro do edifício onde se realizará a própria da cimeira, as principais artérias da capital estarão encerradas à circulação, nem que seja por curtos períodos de tempo, bem como algumas das principais entradas da cidade, como certos acessos das pontes Oliveira Salazar e Vasco da Gama.
Venha de lá um sacana dum árabe especializado em guerrilha tipo Rambo e lá vai a segurança toda pelo cano abaixo, ou acham estes senhores que controlar fronteiras, espaço aéreo e avenidas de Lisboa é suficiente para travar o fanatismo terrorista personalizado num qualquer gajo com desejos suicidas e com jeito para usar uma “basuka” como um qualquer sniper usa uma espingarda?
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