Numa das reportagens de um dos telejornais destes últimos dias, foi-nos apresentada uma família cá do burgo dita família da classe média.
O objectivo da reportagem, a meu ver nada conseguido, era mostrar à populaça as dificuldades por que vamos passar - a tal da classe média, bem entendido - devido ao malfadado orçamento apresentado pelo governo do Sr. Sócrates.
É que, tal como foi dito na peça, a classe média é quem vai levar mais no toutiço à custa da bosta que o governo tem vindo a fazer.
A dita família, repito, dita da classe média, é composta pelo pai, professor universitário de profissão, a mãe, bancária, e três filhos, todos eles em idade escolar.
Os paizinhos, ditos da classe média, gastam mil e quinhentos euros mensais só com a educação dos filhos, porque, tal como disse o progenitor, e muito bem, a educação das crianças é factor primordial.
Mil e quinhentos euros, pois... E, depois, vem a mamã dizer que são mais sessenta litros de leite, uma porrada de papo-secos diários, uma quantidade exorbitante de fruta, etc, etc, etc.
Vá lá que o filho lá foi dizendo que apaga os gatafunhos dos livros da mana mais velha e volta a utilizá-los, leva a papinha de casa para não gastar na cantina do colégio e até vem, de vez em quando, de transportes públicos para casa.
Acredito que esta família tenha que cortar em qualquer coisa, mas não me venham atirar com areia para os olhos porque esta não é uma família que vá sofrer muito com a crise e ficou por dizer onde é que residem e em que carripana se deslocam (se é que só têm uma viatura...).
Falem, isso sim, das famílias que ganham, no conjunto dos salários dos progenitores, os tais mil e quinhentos euros e que têm, com essa verba, que pagar as mesalidades de duas escolas (sim, porque quando se quer pôr a criança no ensino público corre-se o seríssimo risco de não encontrar uma porra duma vaga), as prestações da casa e do carro, os passes para os transportes públicos e as contas da electricidade, H2O e gás.
Isto, obviamente, sem contar com aquelas despesas de saúde inerentes a quem tem crias de tenra idade (a saúde dos adulto que se fecunde) e com a necessidade de ter paparoca suficiente no frigorífico.
Este protótipo de família, digo eu, ainda é considerado como sendo classe média, ainda que classe média baixa.
São os tais fecundados com a justíça das políticas sociais do governo do Sr. Sócrates e que chegam ao fim do mês a pensar duas vezes se hão-de ir às compras com o que resta do plafond do cartão Visa ou se, por outro lado, devem recorrer ao Banco Alimentar Contra a Fome para poder aguentar mais uns dias.
O objectivo da reportagem, a meu ver nada conseguido, era mostrar à populaça as dificuldades por que vamos passar - a tal da classe média, bem entendido - devido ao malfadado orçamento apresentado pelo governo do Sr. Sócrates.
É que, tal como foi dito na peça, a classe média é quem vai levar mais no toutiço à custa da bosta que o governo tem vindo a fazer.
A dita família, repito, dita da classe média, é composta pelo pai, professor universitário de profissão, a mãe, bancária, e três filhos, todos eles em idade escolar.
Os paizinhos, ditos da classe média, gastam mil e quinhentos euros mensais só com a educação dos filhos, porque, tal como disse o progenitor, e muito bem, a educação das crianças é factor primordial.
Mil e quinhentos euros, pois... E, depois, vem a mamã dizer que são mais sessenta litros de leite, uma porrada de papo-secos diários, uma quantidade exorbitante de fruta, etc, etc, etc.
Vá lá que o filho lá foi dizendo que apaga os gatafunhos dos livros da mana mais velha e volta a utilizá-los, leva a papinha de casa para não gastar na cantina do colégio e até vem, de vez em quando, de transportes públicos para casa.
Acredito que esta família tenha que cortar em qualquer coisa, mas não me venham atirar com areia para os olhos porque esta não é uma família que vá sofrer muito com a crise e ficou por dizer onde é que residem e em que carripana se deslocam (se é que só têm uma viatura...).
Falem, isso sim, das famílias que ganham, no conjunto dos salários dos progenitores, os tais mil e quinhentos euros e que têm, com essa verba, que pagar as mesalidades de duas escolas (sim, porque quando se quer pôr a criança no ensino público corre-se o seríssimo risco de não encontrar uma porra duma vaga), as prestações da casa e do carro, os passes para os transportes públicos e as contas da electricidade, H2O e gás.
Isto, obviamente, sem contar com aquelas despesas de saúde inerentes a quem tem crias de tenra idade (a saúde dos adulto que se fecunde) e com a necessidade de ter paparoca suficiente no frigorífico.
Este protótipo de família, digo eu, ainda é considerado como sendo classe média, ainda que classe média baixa.
São os tais fecundados com a justíça das políticas sociais do governo do Sr. Sócrates e que chegam ao fim do mês a pensar duas vezes se hão-de ir às compras com o que resta do plafond do cartão Visa ou se, por outro lado, devem recorrer ao Banco Alimentar Contra a Fome para poder aguentar mais uns dias.
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