quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Incompetência

Como já era de esperar, porque não estou minimamente interessado e o jogo da Wii estava a dar muita luta, não vi o debate televisivo entre Cavaco e Alegre, mas parece que o actual presidente proferiu uma dúzia de palavras contra a administração do BPN que prometem dar que falar.

Quanto a mim, que não apoio nenhum dos candidatos, dou toda a razão a Cavaco Silva quando diz não entender o porquê do estado crítico do BPN e responsabiliza a administração do mesmo por ainda não ter conseguido recuperar aquela instituição bancária, uma vez que sou um dos milhões de otários que, com os nossos impostos, têm “emprestado” dinheiro numa tentativa de evitar a falência total do banco.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Trafulhice empresarial

O Tribunal de Contas promoveu uma auditoria a cerca de 50 empresas públicas e deu de caras com situações de incumprimento das regras de gestão financeira suficientes para levar à demissão de gestores de empresas como a CP, Metro de Lisboa e Refer.

Parece que este novo imbróglio passa por investimentos das empresas citadas que foram parar a instituições financeiras fora do Tesouro, quando a lei estipula que tudo o que é investimento financeiro do sector empresarial do Estado deve estar no Tesouro.

Acontece que estes investimentos geraram retorno financeiro e as empresas, ao contrário do que está legislado, não entregaram os lucros ao Estado.

Assim sendo, o Tribunal de Contas já considerou que estas situações de incumprimento são relevantes, uma vez que resultam da falta de execução de diversas condutas operacionais que são legalmente exigidas, e lembrou – para os eventuais interessados entre os quais deverá estar, digo eu, o executivo do Sr. Sócrates – que este tipo de incumprimento é uma situação susceptível de demissão dos gestores públicos.

Claro que nada disso vai acontecer e o governo já excluiu a hipótese de pôr a andar dali para fora os senhores gestores, limitando-se a dizer que está a implementar as recomendações do Tribunal de Contas e a dar a volta ao texto de modo que as empresas devolvam ao estado os cerca de três milhões de euros obtidos com aplicações financeiras fora do Tesouro.

Em que é que isto contribui para a minha felicidade ou para a felicidade da populaça?

Não contribui em absolutamente nada porque os milhões de euros não vieram parar ao meu bolso, mas convém lembrar que estamos a falar de empresas públicas e, como tal, que os meus impostos contribuem, pelo menos em alguma coisinha, para que se possam praticar estas falcatruas…

Fiasco televisivo

As fracas audiências televisivas dos debates entre os diversos candidatos à presidência da república não mentem… A populaça está-se, cada vez mais, nas tintas para as eleições presidenciais e para quem vai ocupar o Palácio de Belém.

Quer-me parecer que nem o debate de hoje à noite, entre os dois principais candidatos, irá inverter substancialmente esta tendência.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Lido noutros blogues

Irrespirabilidade Democrática, no Palavrossaurus Rex

Saga blindada

A novela dos malfadados blindados para a PSP, os tais que deveriam ter chegado a tempo da Cimeira da NATO e que, pelos vistos, ainda não chegaram a terras lusas, continua animada.

Por um lado, o CDS considera que o executivo do Sr. Sócrates deve uma explicação à populaça e às forças de segurança.

Pela palavra do eurodeputado Nuno Magalhães, o CDS considera que o governo é o grande responsável pela grandiosa bosta produzida, fruto da incompetência e da forma atabalhoada como o processo foi conduzido, e que as forças de segurança, porque não receberam o material tão desejado para fazer frente aos assaltos do quotidiano, bem como a populaça em geral, porque se vê privada de melhores condições de segurança que lhe seriam – dizem eles – proporcionadas pelos agentes da autoridade, são as duas vítimas do imbróglio.

Por outro lado, vem de lá a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia defender a demissão do ministro da Administração Interna, considerado o tal responsável incompetente no negócio da compra das seis viaturas destinadas, primeiramente, a defender as altas individualidades que se deslocaram a Lisboa no passado mês.

Dizem estes senhores que o carola do Ministério da Administração Interna sabia, desde o início do ano quais seriam as necessidades das forças policiais para a organização da segurança da cimeira e que a sua aquisição foi formalizada muito em cima do acontecimento.

Por outro lado ainda, aparece, agora, uma empresa de segurança privada que diz que quer comprar os blindados da PSP depois das autoridades competentes denunciarem o contrato após expirar o prazo de entrega.

Os responsáveis da empresa dizem que os blindados serão, posteriormente, reencaminhados para um país africano mas há quem diga que este tipo de viatura seria mais útil em determinadas zonas do país para evitar assaltos a carrinhas de transporte de valores, arrombamentos de caixas Multibanco com escavadoras e situações semelhantes.

Seja como for, o executivo do Sr. Sócrates ainda é capaz de vir a arranjar maneira de se livrar da porcaria que fez, recuperar os euros quase perdidos e dar a volta ao texto de modo a sair sorridente na fotografia.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Consideração desnecessária

Ivan Miklos, o homólogo eslovaco de Teixeira dos Santos, considerou que as economias de vários países do sul da Europa não estão habilitadas para pertencer à Zona Euro, nomeadamente a economia cá do burgo.

Uma verdade nua e crua que muito boa gente já advoga há muito tempo a esta parte e que era escusado termos que a ouvir vinda dum ministro dum país com, ainda, fracos recursos financeiros.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A todos ...

A blasfémia do senhor professor

Ao que dizem, vive, em terras vizinhas cá do burgo, um extremoso paizinho muçulmano que ficou deveras sentido quando soube que, na escola pública espanhola frequentada pelo seu querido filho, o professor decidiu mencionar o presunto – sim, o presunto, o acepipe tão utilizado nas tapas – para melhor poder explicar a matéria leccionada.

Confrontado com semelhante heresia, o paizinho dirigiu-se à esquadra mais próxima e apresentou queixa contra o professor, o tal professor que não sabe que nas escolas públicas espanholas não se pode falar de nacos de porco fumado na presença de alunos muçulmanos.

A verdadeira anormalidade toma proporções ainda mais insólitas quando a bófia, em vez de mandar o paizinho para um daqueles sítios tão propícios para este tipo de ocasião, aceitou a queixa e ainda deslocou ao estabelecimento de ensino – repito, escola oficial – para fecundar o juízo ao inculto, e prevaricador, professor.

Resta saber qual a punição a aplicar ao docente por tamanha blasfémia, se cinquenta chibatadas no toutiço, morte por enforcamento, por apedrejamento ou por ingestão de cinquenta pernas, seguidas, de presunto Pata Negra.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

GNR vs PSP

As comadres andam às avessas, como se esta bosta de país dum brinquedo se tratasse.

Pelos vistos, alguns oficiais da Guarda Nacional Republicana, na qualidade de membros da direcção da Associação Nacional de Oficiais da Guarda, criticaram, ainda antes da realização da cimeira da NATO, a compra dos tais blindados que não chegaram a tempo e horas.

Na altura, diziam estes senhores – e com razão – que a compra era incompreensível, tendo em conta o montante envolvido na negociata face à conjectura económica actual e que a própria GNR dispõe deste tipo de equipamento, tendo, inclusive, demonstrado disponibilidade para o ceder.

Num comunicado, estes senhores da GNR perguntavam, ainda, se a segurança do território nacional é exclusiva da Polícia de Segurança Pública e se estariam esgotadas todas as capacidades das outras forças operacionais e serviços de segurança.

Agora, a PSP apresentou queixa contra a GNR, o DIAP já anda a fazer notificações e qualquer dia veremos os gajos todos à porrada em vez de zelarem pela segurança do comum cidadão, como seria de esperar dadas as funções para que foram contratados.

A propósito… Os blindados já chegaram?

Ânsia de controlo

Anda, por aí, um altíssimo dignitário duma comissão qualquer da União Europeia que acha inadmissível a situação que se tem vivido nos aeroportos europeus por causa do mau tempo que se tem feito sentir.

Já que controla as economias e muito do quotidiano dos diversos países, talvez não seja má ideia fazer alguma proposta para passar a controlar a metereologia europeia e a quantidade de neve susceptível de cair em cada país.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

País amargo

E, eis senão quando... O pequeno burgo fica sem stocks de açúcar.

Realmente, não há nada para adocicar o dia-a-dia da populaça…

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ernâni Lopes (1942 – 2010)


O economista faleceu aos 68 anos, vítima de cancro.

Considerado como sendo uma pessoa amiga, honesta e com grande sentido de responsabilidade, foi, nos últimos tempos, uma das vozes que mais se fez ouvir sobre a difícil situação que se vive em Portugal e, digo eu, uma voz que se ouvia com interesse e prazer.

RIP